quinta-feira, 26 de março de 2009

RoverWay 2009

"Irmãos Escutas. Existem diferenças entre todos os povos do mundo nas formas de pensar e sentir, tal como na língua e no aspecto físico. O Jamboree ensinou-nos que se exercitarmos a indulgência e o dar e receber mútuos, então haverá tolerância e harmonia. Se esse for o vosso desejo, então avancemos determinados de que desenvolveremos entre nós e os nossos Rapazes o companheirismo, através do espírito mundial da fraternidade escutista, para que possamos ajudar a desenvolver a paz e a felicidade no mundo e a boa vontade entre os Homens."
Baden-Powell. Discurso final do 1º Jamboree Mundial

É com este intuíto - o de fortalecer os laços com os nossos irmãos que vivem noutros países e noutros continentes - que todos os escuteiros devem ter uma oportunidade de viver uma actividade internacional pelo menos uma vez durante a sua vida escutista. Só assim aprenderemos sobre a forma como vivem diferentes pessoas, em diferentes culturas, com diferentes formas de pensar e viver, e aprenderemos a lidar com a diferença.

E é precisamente por isso que temos lutado, que nos temos esforçado durante os últimos meses para fortalecer os laços e o funcionamento do Clã, permitindo-nos formar uma equipa que representará o nosso Agrupamento no RoverWay 2009, na Islândia.

As viagens estão compradas, as inscrições quase confirmadas e o primeiro contacto com o Clã de Montariol - o Clã que nos acolheu - foi bom e promete. Promete 15 dias da experiência das vossas vidas!

Nothing can stop us now!!

segunda-feira, 2 de março de 2009

(Re)Activámos

O Clã andou a (re)activar os ânimos, os pulmões e as pernas. E os hábitos de campismo.
O objectivo da actividade era integrar os novos elementos e reactivar as dinâmicas do Clã. A representação dos PILs foi pequena, mas boa, e as equipas estavam em pé de igualdade no que diz respeito ao número de elementos. Aqui estão eles (não são bonitos?!).

Bem-vindos à Aldeia Escutista de Caires. Um campo que pertence e é animado pelo Agrupamento 1131 de Caires, Amares. Embora esteja em obras de manutenção, o Chefe de Agrupamento cedeu-nos o terreno para acamparmos. As infra-estruturas são muito boas, e uma vez as madeiras recuperadas, pode acolher um número significativo de escuteiros em actividade.

Metemos as mãos à obra. Montámos campo, fizemos o reconhecimento do terreno, e reconfortámos o estômago.


Depois, fomos caminhar. O objectivo era chegar à capela de São Pedro do Monte. Sem carta e sem bússola, o Caminheiro consegue sempre arranjar forma de encontrar o seu caminho. Ou quase sempre.

Rosie, from the mountains: hmmm. Há aqui um trilho (o único…), mas não deve ser por aqui. Talvez devêssemos cortar caminho.
Cortemos, então.
Por caminhos de cabras, desbravando o mato, subimos, subimos e... subimos. Se no alto não estivesse a capela, pelo menos poderíamos ver onde é que ela andava.

"Agora era chegarmos lá acima e descobrirmos que a capela era no monte a seguir. Ou melhor, ter um monte em frente e ainda ser no outro a seguir!"
Para quê falar? (a capela é aquela pequena irregularidade no topo do monte mais alto. Sim, aquele lá do fundo)

"Mas só são 14h30... temos tempo!" E lá fomos nós, desbravando o caminho e o mato rasteiro. "E eu (ui! ui!) que me vou casar (ouch! ui!) na quarta-feira (ai! ui!) com as pernas todas (aiiii!) arranhadas...!" Não sem antes tirarmos umas fotos para o álbum de família.

E voltamos a subir. E subir. E ainda subir mais um bocadinho.


"Bolas!, que subir pelo estradão custa mais que andar no mato!"

A Su com os bofes de fora. "Quero voltar para o caminho de cabras, quero subir pelo mato...!"

A Capela de São Pedro do Monte. Triste e deixada ao abandono, sacudida pelas tempestades. Como que vandalisada. Aqui sentámo-nos para abordarmos e pensarmos individualmente nos nos objectivos educativos que são propostos pelo RAP.

E voltamos para o campo, seguindo o trilho do qual nos tínhamos desviado (tão simples...). Reencontrámo-nos com os elementos que chegaram de tarde, e jantámos ao redor da fogueira. E fizemos um verdadeiro Fogo de Conselho.

Preparado às três pancadas, não faltaram momentos de partilha, de gargalhada, de contemplação. Um Fogo de Conselho à boa maneira. E não faltou a partilha à Nobia, que ganhou uma lingerie sexy, um raminho de verduras, uma tablete de chocolate suíço, um strip-tease na torre de vigia e uma bagagem de bons momentos para recordar.

De manhã, como manda a lei, fomos à Missa local, onde tivemos a oportunidade de ouvir um sermão inspirado. Só faltou o exorcismo. Retornados ao campo, houve tempo para abacalhoar*,

tirar uma foto para mais tarde recordar,

e tristemente arrumar.

Por fim, fizemos uma reflexão final e demos como encerrado o acampamento.

E como manda a tradição no Clã, terminámos em beleza, reconfortando a pança com um belo repasto domingueiro.

*abacalhoar é um legado verbal deixado ao Clã por um ex-elemento, o Gordi. O que é que significa, só se compreenderá com o tempo e vivência de Clã...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

instantâneas

"curto tótel das tuas sapatilhas"

(Re)Activar

Avizinha-se um fim de semana cheio de actividade!

Data: 28 de Fevereiro e 1 de Março
Local: Aldeia Escutista de Caires, Amares

Tema proposto: (Re)Activar
(Re)Activar deve ser considerado para esta actividade com todos os seus sentidos. Em primeiro lugar, Activar. Começar. A relacionar, a construir, a dar oportunidade para se crescer. Como pessoa, como elemento do Clã, como escuteiro que inicia a recta final do seu percurso de vida escutista. Activar o ideal do Homem Novo. Reactivar, porque é necessária a integração dos novos elementos nas estruturas já existentes, nas dinâmicas que o Clã já vinha construindo ao longo do tempo. Como quem chega a um novo lugar, é preciso observar, experimentar, integrar. Com cuidado, com abertura. Reactivar porque é preciso esse mesmo Clã renovar-se, redireccionando energias para a chegada desses novos companheiros, de os acolher, de os acompanhar, de reconstruir dinâmicas que os englobem. Reactivo, de reagente, de inconformista, de debate que procura novas soluções, de vida que procura desafios, de pessoas que os saibam ultrapassar.
Uma actividade que se propõe desafiante para estimular o clã em todas estas dimensões, com o propósito de cada um fazer um esforço pessoal para aceitar o próximo, e se constituir um Clã cheio de diferentes pessoas e capacidades, que se toleram e sabem trabalhar em conjunto para seguir no Caminho do Triunfo.

(Re) Activar

Sábado:
9h00 - (Re) Inicio
10h00 – (Re) Criar
11h00 – (Re) Conhecer
(Re) Confortar 1
(Re) Descobrir
19h00 – (Re) Fazer
20h30 – (Re) Confortar 2
21h30 - (Re) Aproximar
24h00 - (Re) Stop

Domingo:
08h00 – (Re) Up
09h00 – (Re) Celebrar
10h30 – (Re) Definir
13h00 – (Re) Confortar 3
14h00 - (Re) Carregar
15h00 - (Re) Arrumar

(Re) Activado

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Rover Regional e Dia de São Paulo

No último fim de semana de Janeiro, teve lugar em Bairro (Famalicão) uma actividade regional para Caminheiros. No Sábado, dia 24, realizou-se a avaliação do Rover Regional 2008. O nosso Clã participou nesta actividade durante o ano escutista que passou, fazendo parte da Comunidade Efésios.

A nossa participação em comunidade foi algo atribulada, uma vez que nos encontrámos frequentemente a trabalhar sozinhos. Por isso, levámos a Sopa da Ausência ao festival de sopas de Sábado à noite. Deliciosa que era, somos a prova de que poucos e bons por vezes é melhor do que muitos e fracos!

No Domingo, juntaram-se mais alguns PILs e Caminheiros que não puderam ir no dia anterior. Demos uma mãozinha numa casa de apoio a deficientes. Varremos o chão, apanhámos laranjas, fizemos a poda e cortamos lenha.

(e não, não é assim que se utiliza uma serra!)

Dentro da casa, animámos os poucos habitantes que não tinham ido a casa dos familiares. A mexida de escuteiros barulhentos, com guitarras, músicas e danças fez a alegria do seu Domingo. Pintámos e distribuímos corações de cartão. Grandes gestos pequenos.

No final, voltámos para Bairro, para petiscarmos panados com pão e franguinho quentinho, assim como os restos de sopa do dia anterior. Depois, juntámo-nos num salão, onde nos dividimos em grupos para debater os valores do escutismo do futuro. E onde tirámos a pior fotografia de grupo de todos os tempos.

(até que temos pinta, não? Ana Luísa, que tal esse ar de vocalista?)

E, por fim, Missa. E... casa! (com um Chefe de Clã enfeitiçado e a cantar o Restolho o caminho todo)

E por falar em Chefe de Clã... porque será que ele não aparece nas fotografias? As provas falam por si...!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Cabazes de Natal

No Natal que passou, o Clã decidiu fazer cabazes de Natal com produtos regionais para angariar fundos e oferecer aos seus familiares e amigos a possibilidade de terem um Natal delicioso, cheio de coisas boas.

Na noite do 22 para o 23 de Dezembro, foi o caos total na Casa 7 do Lugar da Igreja, da mui nobre freguesia de Galegos.

Fizeram-se bolachas, bolos de maçã, chocolate, nozes e ananás, engarrafamos mel, vinho e licores, enrolaram-se brigadeiros.

A iniciativa foi um sucesso. Deu muito trabalho, mas valeu a pena. Talvez devêssemos fazer a mesma coisa para a Páscoa. Quem está com vontade de caramelizar amêndoas? Temos outras ideias na manga, está na altura de trabalhar nelas a sério...!

O estado das coisas

Este ano, o Clã enfrenta novos desafios. Pela primeira vez (na história do Agrupamento) existem duas equipas de Caminheiros, o que possibilita toda uma dinâmica de Clã bem diferente do que aquilo a que nos temos vindo a habituar.

A equipa Aristides Sousa Mendes é liderada por mim, enquanto que a equipa Walt Disney tem a Elisabete a assumir o comando. Nós somos as mais velhotas, e embora estejamos a expirar o prazo de validade, ficámos por aí para ajudar a integrar a camada jovem que veio reforçar o Clã em peso.

Temos vários projectos em curso. Alguns de grande calibre, como uma possível ida a Kandersteg ou ao RoverWay na Islândia, à volta da qual giram a maior parte das actividades do Clã. Outras, mais informais, mas não menos importantes (muito pelo contrário!) têm como principal objectivo a integração das PILs no Clã e dinamizar a vida do mesmo.

Aqui ficam os registos de cada passo do nosso Clã.